segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Angeli


Por Otávio Portugal

Quadrinhos sarcásticos e fora do convencional criticam uma sociedade altamente hipócrita. Bob Cuspe, Wood e Stock, nanico e 68, Rebordosa, Rampal, Vudu, Osgarmo, são os seus personagens mais conhecidos.

Bob cuspe é um punk que tem super poderes em seu cuspe. Ele sai cuspindo em tudo de “incorreto” na sociedade. Por exemplo, em padres, policiais, igrejas e políticos. Bob Cuspe é um personagem sujo e com suas habilidades especiais, tenta construir um mundo melhor.

Wood e Stock são dois hippies velhos, que ainda veneram a década de 70. Tomam chá de cogumelo, fumam maconha e usam LSD. Seus ídolos são Janis Joplin, Jimmy Hendrix, Jefferson Airplane e The Doors. Eles nunca trabalham, pois são totalmente contra se vender para o sistema.

Rebordosa é uma alcoólatra, que sai transando com todo mundo. Sua bebida favorita é vodka. Angeli teve de matar essa personagem, porque, segundo ele, ela estava criando vida própria. Era a criação que estava definindo o rumo da história e não o seu criador.

Rampal, mais conhecido como Rampal o paranormal. Ele adquiriu esse título porque após um ataque de overdose, ele começou a mover objetos com o poder da mente. Uma outra a habilidade dele, era transformar objetos velhos em pés de Cannabis.

Vudu é uma pessoa totalmente pé frio e enxerga problemas em tudo. Foi desse personagem que surgiu o ditado “Para mal fodedor, até as bolas atrapalham”. Em uma de suas tiras ele conversa com um amigo:

Amigo: Vudu! Acho que vou entrar no mar, eu nado tão bem!
Vudu: 80% das pessoas que dizem nadar bem, morrem afogadas.
Amigo: Pensando bem, vou ficar na areia e tomar um banho de sol.
Vudu: Sol da câncer de pele.

Osgarmo é o famoso da ejaculação precoce. Ele é o do tipo “O prazer foi todo meu”. Em tudo ele enxerga prazer, desde um buraco na árvore até em uma bunda de estátua. Porém seus prazeres são extremamente rápidos, não da tempo nem de chegar no final de sua tira em quadrinho.

Angeli participou de um movimento chamado udigrudi, versão abrasileirada de underground. Esse movimento começou nos EUA, com a revista em quadrinho MAD. Ela era uma critica ao estilo de vida conservador americano. Suas tiragens eram feitas de forma independente, como aconteceu no Brasil com Angeli e outros autores. Por isso o material era mais simples e suas publicações eram distribuídas entre universitários.

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